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Comunicação e Sociedade

Aluna do PPGCom expõe trabalho no evento Movimento pela Vida

Por Glenda Barros | Revisão: Paulo Aires | Publicado: Segunda, 31 de Outubro de 2022, 14h51 | Última atualização em Segunda, 31 de Outubro de 2022, 14h51

Nos dias 15 e 16 de outubro, a UFT marcou presença na edição de 2022 do ''Movimento pela Vida'', com a participação de Ana Cláudia Cardoso, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Sociedade (PPGComs). O evento em questão busca propagar uma cultura de paz social e ampliar as bases para o autoconhecimento, o bem estar e a saúde.

Na ocasião, Ana Cláudia expôs o trabalho "Mulheres Cabaça: o Mito Krahô e a Natureza do Resguardo Feminino na Contemporaneidade", resultado de atividades desenvolvidas ao longo da disciplina de Comunicação, Cultura e Território do Mestrado em Comunicação e Sociedade da UFT. 

A princípio, a ideia de Ana Cláudia era trazer o mito krahô para sala de aula e contá-lo de forma diferente aos colegas, incluindo mais elementos durante a apresentação: ''Nessa disciplina, cada aluno tinha que apresentar um texto e eu resolvi ousar, trazendo a arte em cabaças justamente para falar do mito da criação das mulheres cabaças'', explica.

Sua surpresa veio com a repercussão que seu trabalho tomou, sendo exposto no evento ''Movimento pela Vida'' (MPV). ''Eu faço algumas artes, mas essa foi a minha primeira exposição de fato que surgiu de um insight na disciplina do mestrado'', pontua a estudante. 

A disciplina de Comunicação, Cultura e Território teve uma característica impactante: toda sua bibliografia foi composta de pesquisas de autores e autoras indígenas, que ficaram muitos anos silenciados na academia. ''Isso impactou muito a turma e é um trabalho que tem uma dívida com o conhecimento dos povos ameríndios, dos povos indígenas, principalmente do povo krahô'', ressaltou André Demarchi, professor do PPGCom.

Trecho do mito contado por Creuza Krahô

''Sol e Lua eram dois compadres, dois homens, existiam só os dois no mundo. Lua tem preguiça, xinga, briga e atrapalha, por sua vez, Sol trabalha e organiza. Eles não são parentes (hõpin), mas compadres. 

Eles fizeram uma roça e plantaram somente cabaças. Lua perguntou por que Sol estava plantando somente cabaças. Sol disse que queria uma mulher, porque delas se originam as pessoas. Depois Sol pegou uma semente do croá e plantou na mesma roça. Assim, metade da roça era de cabaça e a outra metade era de croá. Lua perguntou por que Sol estava plantando croá, ele disse que eram os homens''.


A história completa das Mulheres Cabaças contada por Creuza Krahô e tantas outras estão presentes na sua dissertação de mestrado Wato ne hômpu ne kãmpa : Convivo, vejo e ouço a vida Mehi (Mãkrarè).

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