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Araguaína

Profissionais do HDT-UFT elaboram acessórios de baixo custo para auxiliar atividades de pacientes

Por Daianni Parreira | Publicado: Quinta, 22 de Fevereiro de 2018, 15h12 | Última atualização em Sexta, 23 de Fevereiro de 2018, 15h09

Garrafa pet, E.V.A, velcro, esponja de louça, tesoura, lixa, fio dental, cola quente e papel A4 são as matérias primas utilizadas pelas profissionais de terapia ocupacional, odontologia e fonoaudiologia, na confecção de acessórios elaborados sob medida para auxiliar em atividades de vida diárias dos pacientes do Hospital de Doenças Tropicais da Universidade Federal do Tocantins (HDT-UFT), instituição vinculada à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), localizado no município de Araguaína (TO).

A iniciativa partiu de uma demanda identificada e encaminhada para o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP), que através da ferramenta "Análise de Causa Raiz" onde recomendou a formação de um Grupo de Trabalho - GT para desenvolver acessórios que facilitassem a vida dos pacientes com algum grau de dependência, principalmente usuários com sequelas de hanseníase, diabetes, AVCs e outros.

 

Acessórios de baixo custo para auxiliar atividades de pacientes (Foto: Daianni Parreira)
Adaptação de mão

De acordo com a terapeuta ocupacional Cinthya Martins de Souza, os adaptadores de mão foram produzidos para pacientes com sequelas neurológicas para melhoria do desempenho ocupacional. “A adaptação pode minimizar o impacto da limitação, otimizar a funcionalidade do indivíduo e principalmente, promover a participação e o envolvimento do mesmo em suas atividades de vida diárias. Todos estes aspectos podem contribuir para o resgate do sentimento de autoestima, competência e realização”, esclareceu.

As características do público alvo geralmente são os pacientes que possuem a coordenação motora global/fina prejudicada; amplitude de movimento limitada; dificuldade em preensão palmar, distal e/ou polpa a polpa; dependência nas AVD’s (atividades de vida diária). A utilização é bem simples, basta colocar a adaptação na mão do paciente juntamente com o utensílio, testar o uso com a execução de AVD’s específicas seguido de orientações, e após o uso, retirar a adaptação e higienizá-la diariamente para reutilização.

Abridor de boca

A odontóloga Thaíse Mª de Freitas explica que o acessório feito por meio de garrafa pet foi desenvolvido para pacientes que apresentam dificuldades para abrir a boca (por desordens musculares ou articulares), e sua principal função é auxiliar na higiene oral, e realização de técnicas de estimulação intraoral que favoreçam o desencadeamento das fases da deglutição. “Em comparação a outros existentes no mercado, apresenta menor risco de causar danos à mucosa e à gengiva do paciente”, frisou, após pesquisa no desenvolvimento do produto.

Além disso, destacou como benefícios o melhor manejo do abridor de boca e da cavidade oral por adaptar-se anatomicamente entre as arcadas dentárias, a proteção ao profissional e redução do risco de possíveis acidentes, visto que o mesmo introduz o dedo no interior do abridor, tornando mais difícil o paciente vir a mordê-lo.

 

Profissionais envolvidas no projeto (Foto: Daianni Parreira)
Equipe multiprofissional

Além das profissionais já citadas, também participaram da elaboração dos utensílios a terapeuta ocupacional Juliana Maria dos Santos Silva Maciel, a fonoaudióloga Emmilyn Andrade, as odontólogas Suzana Neres Soares e Karina e Silva Pereira e da técnica em saúde bucal, Maria da Conceição Silva.

Sobre a Ebserh

Desde fevereiro de 2015, o HDT-UFT faz parte da Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 39 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.



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