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Representatividade

Mês da Visibilidade Lésbica conta com mais uma palestra nesta terça

Por Heloísa Cipriano | Supervisão: Samuel Lima | Publicado: Segunda, 28 de Agosto de 2017, 17h50 | Última atualização em Segunda, 28 de Agosto de 2017, 19h02

Nesta terça-feira (29), ocorre o terceiro encontro referente ao Mês da Visibilidade Lésbica na UFT. Dessa vez, o encontro será no Auditório do Câmpus de Miracema, às 19h. A palestra, comandada pela professora do colegiado de Serviço Social do Câmpus de Miracema, Bruna Irineu, terá como tema "Lesbianidades e produção de conhecimento em tempos de barbárie".

Mês da Visibilidade Lésbica

Dia 29 de agosto é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data foi criada por militantes lésbicas brasileiras em 1996, durante o primeiro Seminário Nacional de Lésbicas (Senale). A partir dela, foi estabelecido agosto como o mês da visibilidade lésbica.

Para lembrar esta data, neste mês de agosto ocorrem palestras nos Câmpus da UFT quanto à visibilidade lésbica. Neles, são debatidos temas quanto à representatividade, saúde e desafios a enfrentar na sociedade.

A iniciativa, organizada pelo movimento estudantil Kizomba Tocantins, com apoio da Marcha Mundial das Mulheres, tem o intuito de debater os problemas pelos quais mulheres lésbicas sofrem na sociedade e dar visibilidade à elas para que possam saber o que acontece ao seu redor e como diminuir o preconceito enraizado nos indivíduos.

O primeiro encontro, que aconteceu no dia 22 de agosto, no auditório do Bloco III do Câmpus de Palmas, contou com palestra da professora Bruna Irineu sobre "Representatividade lésbica e estupro corretivo *".

No segundo encontro, ocorrido no Parque Cesamar, houve roda de conversa sobre a saúde da mulher lésbica. A estudante de Medicina, Danuta Duarte, lésbica e pesquisadora da saúde LGBT, foi a mediadora das conversas

Duarte contou suas impressões a respeito do que foi dito na encontro. "Achei muito positiva a experiência. Foi um momento de trocas e saberes sobre um assunto que é tão importante a todos nós: como o preconceito perpassa na saúde. É importante estarmos informadas sobre o nosso corpo, pois a lesbofobia também se apresenta no campo das políticas públicas. Hoje no Brasil temos uma política nacional de saúde LGBT que ainda não foi completamente efetivada. E, no campo da saúde das mulheres lésbicas, a questão da lesbofobia e da invisibilidade acarreta falta de acesso aos atendimentos. O ambiente acaba não sendo acolhedor, e isso gera agravos à saúde. Nós sabemos que orientação sexual é um determinante de saúde, sendo importante e simbólico a discussão disso num espaço público".

Encontro no Parque Cesamar com roda de conversa sobre a saúde da mulher lésbica (Foto: Louarna Abreu)Encontro no Parque Cesamar com roda de conversa sobre a saúde da mulher lésbica (Foto: Louarna Abreu)

Para mais informações, acesse o perfil do Facebook do Mês da Visibilidade Lésbica Tocantins.

* O estupro corretivo é uma violência sexual em que homens estupram mulheres lésbicas como um modo de "corrigir" suas sexualidades. Tal ato praticado é considerado um tipo de lesbofobia, ou seja, um conjunto de preconceitos, discriminações e situações de violência exercidas sobre as mulheres lésbicas. A mulher lésbica sofre com preconceitos em relação à orientação sexual e ao machismo que nega a sexualidade da mulher independente do homem.

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