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Dia do médico: profissional responsável pela saúde humana

Publicado: Terça, 18 de Outubro de 2016, 10h28 | Última atualização em Quarta, 19 de Outubro de 2016, 08h39

De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a saúde é um dos direitos inerentes à condição humana e um dos principais responsáveis pela garantia desse direito são os médicos, que comemoram seu dia nesta terça-feira (18). A data foi fixada em razão do dia de São Lucas, também no dia 18 de outubro, que, segundo a tradição católica, além de ser pintor, músico e historiador, era também médico, por isso foi denominado santo padroeiro dos médicos.

Responsável pelo cuidado da saúde humana, o médico atua desde a prevenção até o tratamento de doenças, tendo em vista a saúde como algo que vai além da ausência de doença, mas que contempla também o bem-estar social e mental. A professora do curso de Medicina Welma Rezende destaca que, acima de tudo, o médico tem que gostar de lidar com pessoas. “ Nós fazemos Medicina quando gostamos de gente e eu sempre destaco isso nas minhas aulas”, declara. “O aluno que vier apenas em busca de retorno financeiro sairá frustrado e eu vejo muito aluno sem perfil no curso, que acaba desenvolvendo problema de identidade profissional no decorrer da vida acadêmica”, reforça a professora.

Escolha do curso

Fellipe Camargo, estudante do 5º ano de Medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT), ressalta que a escolha pelo curso de Medicina não é simples e engloba muitos fatores (sociais, culturais e econômicos). "No meu caso, fui influenciado por situações familiares, adoecimento de parentes, principalmente minha avó paterna, além de maior identificação com as disciplinas biológicas e curiosidade pelo corpo e saúde humana", afirma Fellipe.

Fellipe Camargo em atividade prática (Foto_arquivo pessoal)Fellipe Camargo em atividade prática (Foto_arquivo pessoal)

Já Marta Romilda, egressa da turma, foi movida por um sonho. "Escolhi a medicina porque gosto de ajudar as pessoas e queria fazer do mundo um lugar melhor. Pensamento bem pueril, mas queria tirar o sofrimento das pessoas", declara Marta.

Com um mercado amplo e que demanda bastante estudo e dedicação, a Medicina é uma das áreas com salários bem atrativos no Brasil, por isso, o curso é um dos mais concorridos nas universidades. “Realmente a medicina possui um dos maiores salários dentre outras profissões, fruto de muito tempo de emponderamento da importância das ações desses profissionais e da dificuldade que percorreram para chegar a essa capacidade técnica”, ressalta Fellipe.

No entanto, tanto Fellipe quanto Marta destacam que o problema não é a alta remuneração dos médicos e sim a desvalorização dos demais profissionais que, como eles, têm muita importância na sociedade.

Marta Romilda (ao centro) em curso Advanced Cardiovascular Life Support - ACLS (Foto_Samir Schneid)Marta Romilda (ao centro) em curso Advanced Cardiovascular Life Support - ACLS (Foto_Samir Schneid)

A Medicina, em especial, compreende diversas áreas de especialização. Marta Romilda, que se formou no semestre passado, atualmente, trabalha na área de Medicina de Família e Comunidade (MFC) e pretende se especializar na área. A MFC é “onde estão as pessoas mais necessitadas do profissional médico e onde pode-se resolver os problemas da população em 80% dos casos”, declara Marta.

Fellipe quer seguir carreira de cirurgião plástico e salienta que essa especialidade médica, mesmo sendo estigmatizada como “fútil”, tem um valor muito grande. “A parte estética dessa especialidade é ínfima perto do que pode proporcionar à comunidade. O cirurgião plástico desenvolve ações que melhoram a qualidade de vida de muitos pacientes e em algumas ocasiões até salvam vidas”, afirma.

Esses profissionais podem exercer ainda outras funções, como de pesquisador e professor em universidades. “Os médicos acabam acumulando muitas funções e, por essa razão, os salários se tornam tão altos”, alega Welma. A entrada no mercado de trabalho não é difícil, geralmente, os alunos se formam com um emprego já garantido e, no Tocantins, a realidade é ainda mais confortável.

Desafios

Mesmo com o status que a Medicina passa, tanto o curso como o exercício da profissão têm suas dificuldades, como a abdicação do tempo com a família e a dedicação, muitas vezes exaustiva, aos estudos. “Eu nunca consegui amamentar uma filha, não tive licença-maternidade, eu não sou dona do meu tempo e isso é uma realidade dos médicos”, reconhece a professora Welma.

Professora Welma Rezende (Foto_arquivo pessoal)Professora Welma Rezende (Foto_arquivo pessoal)

Marta Romilda destaca, ainda, que existem muitos obstáculos nas condições de trabalho. “A maior dificuldade é saber o que pode tratar o paciente, estar disponível e não conseguir fazer por falta de recursos ou material devido a um sistema de saúde sucateado". 

Mesmo com as grandes dificuldades, nada diminui a força de vontade desses profissionais de mudar e tornar a realidade da sociedade melhor. “O médico é um profissional que tem que amar o que faz, tem que trabalhar de maneira integral, apaixonado pelo que faz para ser o melhor possível da melhor forma possível”, afirma Marta. “Somos recompensados por aprender, cuidar do ser humano e receber um sorriso de alívio em troca”, finaliza o acadêmico Fellipe Camargo.

O curso na UFT

O curso de Medicina é ofertado no Câmpus de Palmas. Foi criado em 24 de maio de 2006, pela Resolução Consepe nº 02/2006. A primeira turma começou em 2007. O curso tem seis anos de duração e, em cada semestre, abre 40 novas vagas para ampla concorrência, ações afirmativas da UFT (Indígena e Quilombola) e para atender a Lei 12.711 (Sistema de Cotas para estudantes oriundos de escolas públicas).

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