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Consciência Negra

UFT apresenta projeto de inclusão e divulga programação de eventos

Por Cynthia Barreto | Edição: Samuel Lima | Publicado: Segunda, 19 de Novembro de 2018, 09h00 | Última atualização em Terça, 20 de Novembro de 2018, 09h34

Infográfico etapas do projeto UAB - AFEm momento de reflexão sobre as consequências do racismo, sobre as lutas pela de igualdade racial e ações afirmativas, a Universidade Federal do Tocantins (UFT) promove diversas ações abertas para a comunidade acadêmica e externa nos câmpus de Porto Nacional, Araguaína e Tocantinópolis. Além das atividades, a Universidade aponta projetos e ações que estão sendo desenvolvidos para que mais estudantes quilombolas tenham acesso ao ensino superior.

Entre os projetos desenvolvidos pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) para aproximar a instituição das comunidades quilombolas está “Projeto Ação Afirmativa na UAB – AF”. A intenção é desenvolver estratégias, ações e parcerias para que estudantes quilombolas e indígenas tenham acesso a graduação universitária. Em linhas gerais, a ação extrapola o mero cumprimento da lei 12.711/2012. A presença destas comunidades na universidade cumpre um papel social muito relevante. Uma coordenação específica de ações afirmativas foi criada na Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários (Proex), e está sob o comando da professora Solange Nascimento, que falou sobre o trabalho desenvolvido pela pasta.

Adriano Castorino, coordenador do projeto UAB AF – da Universidade Federal do Tocantins, conta que o objetivo do projeto é oportunizar o ensino superior aos quilombolas, trabalhado para que as vagas reservadas para quilombolas e auto declarados negros nos vestibulares da UAB sejam preenchidas por esse público. “A ideia não é só oferecer as vagas para fazer a lei ser cumprida, o desafio é muito maior que isso. Nossa missão é fazer com que todas as vagas destinadas a quilombolas sejam preenchidas”, frisou.

Desafios do Projeto UAB - AF

A decisão de fazer cumprir é de uma amplitude gigante, pois os desafios são muitos. O exemplo disso é que os quilombos são todos de zona rural e muito distante do centro do estado, então a locomoção desses estudantes até uma unidade de ensino é uma das dificuldades.

“Na prática o que qualquer projeto de inclusão nessas linhas das minorias (embora no Tocantins o negro não seja minoria e sim maioria) é muito difícil. Então para sairmos do discurso e partirmos para uma ação mais prática há uma distância. Mas para isso temos uma despesa para fazer isso acontecer. E também uma vez incluídas essas pessoas também precisamos ter um projeto de ensino direcionado, que os atenda”, informou Castorino.

Consciência Negra na Prática

Atualmente a UFT possui 14.187 alunos vinculados aos cursos de graduação presenciais, destes 9747 são autodeclarados pretos e pardos (negros), que representa 68,7%, isto é, mais da metade da comunidade acadêmica é negra. Deste percentual cerca de 5% (505) dos acadêmicos são quilombolas que entraram na instituição pela lei de cotas que entrou em vigor em 2013.

Para Adriano Castorino, formar um quilombola tem um grande valor social pela situação difícil em que eles vivem, com poucos recursos, então oferecer qualificação profissional é uma forma de valorizar essa minoria é oportunizar sua mudança de vida e dar voz a essas pessoas.

A universidade tem um papel importante na inclusão social e formação acadêmica. O trabalho desenvolvido pela UFT para oportunizar o conhecimento e qualificação profissional, tanto no ensino a distância quanto no presencial, é uma forma de garantir a cidadania para que o conhecimento seja um instrumento, uma ferramenta de mudança na vida dessas pessoas.

Programação dia da Consciência Negra

Como uma data de reflexão, de conhecimento e de debate, os Câmpus de Araguaína, Porto Nacional e Tocantinópolis prepararam algumas atividades que estão abertas para a comunidade acadêmica e externa. Confira:

Araguaína
A temática do evento no Câmpus de Araguaína, unidade Cimba, foi intitulada de “Consciência Negra na UFT: Em tempos difíceis, resistir é a arte mais profunda do nosso povo” que será composta de palestras cinedebate e um Sarau Negro. A programação está disposta em encontros semanais (07, 12, 22, 26 e 30 de novembro), confira o que está programado para cada dia.
O evento é uma ação integrada, promovido pelo grupo “Igualdade Érnico-Racial e Educação”, composto por membros dos colegiados de biologia, história e química, abarcará debates a respeito da estruturação da população negra, as leis que os resguardam, o combate ao racismo e a luta pela valorização da identidade e cultura negra. A realização do evento se dará por encontros semanais. Cada encontro será debatido um eixo com temáticas diferentes.

Programação Dia da Consciência Negra em Araguaína

Porto Nacional
No Câmpus de Porto Nacional a programação vai acontecer no dia 21 de novembro, quarta-feira, com bate-papo, mesa-redonda, literatura e poesia. O evento cujo tema é “Políticas, educação e resistência (re) construindo saberes/fazeres afrodiaspóricos” vai acontecer no auditório, com início às 08h.

Programação do Dia da consciência Negra em Porto Nacional

Ainda em Porto Nacional, o projeto de extensão "O Grito da Periferia" promove atividades desta terça (20) até a próxima sexta-feira (23). Serão desenvolvidas atividades nas escolas da Família Agrícola (EFA) (20 de novembro), municipal Faustino Dias dos Santos (21 de novembro); e Marieta Macedo (22 de novembro), sempre às tardes. Haverá ônibus saindo do Câmpus da UFT para as referidas unidades escolares. Na sexta-feira, a partir das 20h, na Associação da Vila Nova, ocorrerá uma Noite Cultural. Estão previstas atividades musicais, esportivas e gastronômicas.

 

Tocantinópolis
Durante a semana da Consciência Negra será realizado o XI SECONE - Semana da Consciência Negra - que acontecerá do dia 21 a 24, cujo tema deste ano é “Empoderamento e representatividade – A luta pela igualdade racial”, que tem a finalidade de discutir e refletir sobre as perspectivas atuais acerca da diversidade étnico-racial e as implementações de práticas e políticas pelos governos na região norte do Brasil.

As palestras do evento acontecerão no auditório do câmpus e as oficinas, minicursos e apresentação de trabalho serão realizadas nas salas de aula.

A XI Semana da Consciência Negra (Secone) tem o objetivo de refletir sobre o contexto Educação, Religião, Gênero e Relações Étnica-Raciais, destacando a importância desta discussão para o contexto local e regional. A SECONE é um evento coordenado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares da África e dos Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Tocantins (Neaf/UFT), que se propõe realizar a cada ano, no mês de novembro, atividades que tenham como principal objetivo destacar as problemáticas sócio-culturais que envolvem a relação social entre negros e brancos no Brasil, com destaque para nossa região geográfica.

O evento é aberto a participação de alunos, funcionários, professores da educação básica e superior, bem como da comunidade como um todo. Para ter a certificação é necessária a inscrição. A inscrição pode ser feita por aqui. O valor da inscrição até o dia 20/11 é de R$ 35,00 e no dia 21/11 aumenta para R$ 45,00. A escolha das oficinas e minicursos será realizada no ato do credenciamento no dia 21/11.

Programação do Dia da consciência Negra em Tocantinópolis

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