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Uma nova geração na universidade: a busca por qualificação e formação social

Por Vitória Drechsler e Luana Nunes | Publicado: Quinta, 16 de Junho de 2016, 16h05 | Última atualização em Terça, 13 de Setembro de 2016, 14h01

O percurso de Lajeado a Palmas fez parte da rotina de Célia Menezes (57), que toda noite vinha ao Câmpus de Palmas com o objetivo de concluir os estudos. "Depois de 35 anos que havia terminado o ensino médio fiz o vestibular da UFT e passei no curso de teatro. Após uma retrospectiva, vi que aquela oportunidade tinha batido na minha porta", conta. Além disso, o ensino superior não só qualifica a formação, mas possibilita à Célia uma nova forma de interação com a sociedade. “O curso de Teatro me proporcionou a criação de um grupo de teatro aqui na comunidade de Lajeado, com pessoas de várias idades, trabalhando na construção e manipulação de bonecos”, comemora.

A estudante Francisca Leandro (52) também tinha o sonho de ingressar no ensino superior. O que motivou a volta aos estudos foi a aprovação em um concurso, já que “mesmo estando há muito tempo fora da sala de aula”, conseguiu passar com boas notas. De acordo com dados da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), Célia e Francisca fazem parte do percentual de 2% dos acadêmicos da Universidade Federal do Tocantins (UFT) com idade entre 46 e 60 anos.

 

Dados colhidos em abril de 2016, também apontam que 57% dos estudantes da UFT estão entre 18 a 24 anos. Esse número reflete a perspectiva de muitas pessoas sobre o período de ingresso na universidade, pois cria-se o paradigma da melhor idade para estudar. Para a pró-reitora de graduação, Berenice Aires, a visão da universidade vai além da profissionalização, mas está relacionada à formação social. “A formação social da universidade é mais ampla, tem a visão de cidadania”, explica.  


O economista, Raimundo Casé, destaca que setores mais dinâmicos da economia demandam capital humano mais qualificado, o que estimula a formação e aperfeiçoamento contínuo. Ele ainda utiliza dados do IBGE para explicar que mais de 12% dos estudantes universitários já estão formados e cursando uma segunda graduação, sendo que a maior incidência são de pessoas com mais de 40 anos de idade. “Os dados demonstram a necessidade de acompanhar o dinamismo e a mobilidade do mercado de trabalho, cada vez mais competitivo e multidisciplinar; ou mesmo uma nova direção profissional para mercados promissores”, completa.  

O histórico estudantil da Francisca se enquadra aos estudantes que estão cursando uma segunda graduação. “Por enquanto tenho a licenciatura em Ciências Biológicas. Estou lutando pelo título de Bacharel, e quero trabalhar em um projeto voltado para recuperação de áreas degradadas”, compartilha. 

A UFT consegue absorver um grande quantitativo de profissionais já habilitados que buscam outra oportunidade de retornar a universidade. O extravestibular reserva, a cada processo seletivo, um percentual para diplomados. Atualmente com edital aberto, os interessados podem conferir aqui mais informações sobre esse processo.

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